O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou ontem (29/11) os resultados do novo censo do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil. O levantamento apresenta o cenário atualizado da ciência brasileira a partir de informações dos grupos de pesquisa.
As bases incluem dados sobre recursos humanos constituintes dos grupos, linhas de pesquisa, distribuição geográfica, especialidades do conhecimento, setores de atividade envolvidos, produção de ciência e tecnologia dos participantes e padrões de interação dos grupos com o setor produtivo.
A pesquisa teve a participação de 21 mil grupos de 403 instituições, englobando 90.320 pesquisadores e 128.969 estudantes. Em 2004, foram registrados 19 mil grupos e 77 mil pesquisadores.
Entre os pesquisadores, o número de doutores aumentou 10 mil em relação a 2004, chegando a 57 mil, ou 64% do total.
De acordo com o censo, a pesquisa brasileira passa por um processo de gradual descentralização regional. Sul e Sudeste, juntos, registraram um crescimento de 5% no número de grupos de pesquisa, enquanto as regiões Centro-Oeste e Nordeste cresceram cerca de 17%. A região Norte cresceu 21%.
O Sudeste aparece com 10.592 grupos (50,4% do total), seguido pelo Sul com 4.955 (23,6%), Nordeste com 3.269 (15,5%), Centro-Oeste com 1.275 (6,1%) e Norte com 933 (4,4%).
O Estado de São Paulo é o que tem mais grupos, com 5.678 (27% do total do país). Em seguida estão Rio de Janeiro, com 2.772 (13,2%), Rio Grande do Sul, com 2.180 (10,4%), e Minas Gerais, com 1.919 (9,1%).
Medicina é a área com maior concentração de linhas de pesquisa, com 4.928 das 76.719 linhas registradas. Em seguida, vêm agronomia (4.363), educação (3.897), química (3.606) e física (2.794).
As áreas que concentram o maior número de grupos de pesquisa são educação, com 1.483 (7,1%), e medicina, com 1.276 (6,1). Em 2004, as posições estavam invertidas, com 1.194 grupos atuando na área de educação e 1.257 em medicina.
Mais informações: www.cnpq.br/censos
sexta-feira, novembro 30, 2007
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