Uma finíssima lâmina de ouro e prata puxada pelas pontas se estica e afina no meio, até que não tem mais como estreitar e se rompe. Observada em um microscópio eletrônico, essa imagem em movimento, não tem nada de banal. Ela revela o que acontece com a lâmina no nível dos átomos, as unidades que compõem a matéria.
À medida que a lâmina se estica, ligações entre átomos se rompem e outras se formam, numa dança serpenteante, até que resta um fio de apenas um átomo de espessura. Esses átomos enfileirados um a um parecem um colar de pérolas – um colar efêmero e minúsculo, formado por três átomos, que dura só três segundos.
Um grupo de físicos da Unicamp e do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron , é responsável por grandes avanços no estudo de como metais se comportam na escala nanométrica. Só depois de compreendido o funcionamento dos materiais nessa escala é que será possível utilizá-los para fins tecnológicos.
Já se sabia que ouro e prata em seu estado puro se comportam de forma distinta pouco antes de se romper. Ambos podem formar o fio com a espessura de um átomo – ou cadeias atômicas suspensas – quando tracionados em direções diferentes, específicas para cada metal.
Recentemente, foram feitas simulações em computador do comportamento de ligas de ouro e prata, com proporções variadas dos dois metais. Em boa parte dos casos, a liga se comportava como ouro puro.
terça-feira, janeiro 16, 2007
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