Em março deste ano, o astrônomo amador Emilio Gonzáles começou a procurar por crateras na superfície da Terra, usando apenas o Google Earth. O programa, que utiliza fotos de satélites para mapear nosso planeta, permite visualizar em detalhes boa parte da superfície terrestre.
Gonzáles teve a idéia de "sobrevoar" a Terra, por meio do Google, procurando sistemas de múltiplas crateras que pudessem ser resultado de impactos de fragmentos de um mesmo objeto celeste. Ele começou em Kebira, localizada na Líbia. Esta é a maior cratera de impacto existente no deserto do Saara e, portanto, foi fácil de ser localizada usando o Google Earth. Gonzáles então decidiu dar uma olhada em volta dela para ver se detectava mais alguma. E, para sua surpresa, minutos mais tarde, sobre a fronteira Libia-Chade, ele viu aparecer mais duas.
Pelo menos uma das crateras observadas pelo astrônomo não haviam sido catalogadas antes. Infelizmente, as pesquisas de campo que poderiam confirmar se as crateras têm a mesma origem não poderão ser feitas tão cedo devido à guerra civil no Chade e a possibilidade de conflito entre este país e o Sudão.
Um grupo de geólogos também está estudando uma série de crateras existentes nos EUA, dispostas em linha reta, desde o Kansas até Illinois, passando pelo Missouri. Até o momento somente duas dessas crateras foram confirmadas como sendo resultado de impactos com idade aproximada de 300 milhões de anos.
Os geólogos fazem apenas um pedido aos interessados em seguir os passos de Gonzáles: não relatar nada sem verificar antes se a descoberta é realmente inédita.
Para quem quiser ver a cratera de Kebira, aponte o Google Earth para 24º40´N e 24º57´E numa altitude de 30 milhas.
Um comentário:
Legal isso, em todo post leio algo de que não tinha a mínima idéia. Nem sabia que o Google Earth poderia ser usado dessa maneira. Acho que depois vou espionar a tal cratera.
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