quinta-feira, maio 31, 2007

Biocomputadores

Cientistas das universidades de Harvard e Princeton, nos Estados Unidos, acabam de dar um importante passo para a construção de computadores biológicos, minúsculos dispositivos que podem ser implantados dentro do corpo humano para examinar detalhes e monitorar atividades de células.

Em artigo publicado na edição on-line da Nature Biotechnology os pesquisadores descrevem o sucesso de testes feitos com um modelo de biocomputador em uma cultura de células de rim.

Mecanismo capaz de desligar ou silenciar genes com precisão, a interferência de RNA (RNAi) tem sido muito utilizada devido ao grande potencial para ser empregado no tratamento de tumores ou de doenças genéticas. Os pesquisadores usaram o RNAi como uma espécie de circuito, para obter as variáveis ligado e desligado, ou 0 e 1, base da lógica booleana que está por trás das informações digitais dos computadores.

Segundo os cientistas, os biocomputadores terão enorme potencial de uso, podendo ser empregados, por exemplo, para detectar a presença de genes mutantes ou a atividade de genes específicos dentro de uma célula. A entrada de dados dos biocomputadores é o próprio RNA; a saída são moléculas que indicam a presença de sinais que podem ser lidos com equipamentos laboratoriais.

As operações dos biocomputadores poderão ajudar na construção de sensores ou de sistemas de transporte de medicamentos capazes de identificar tipos específicos de células no organismo – poderão, por exemplo, atingir apenas células cancerosas ou doentes, não interferindo com as saudáveis.

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