Nos últimos 25 anos, a Aids tem adotado diversas faces em todo o mundo. No ínicio dos anos 80 era vista como uma doença que atingia principalmente homossexuais. Hoje, ataca majoritariamente mulheres e jovens das periferias do mundo. Infelizmente, a Aids se reinventa e avança sem trégua. No Brasil, a doença adquire um perfil bem diferente do registrado em outros países: cresce a incidência entre pessoas com mais de 50 anos.
O último Boletim Epidemiológico, divulgado semana passada, deixa clara a tendência. Entre 1996 e 2005, na faixa etária de 50 a 59 anos, a taxa de incidência entre os homens passou de 18,2 para 29,8; entre as mulheres, cresceu de 6,0 para 17,3. No mesmo período, há aumento da taxa de incidência entre indivíduos com mais de 60 anos. Nos homens, o índice passou de 5,9 para 8,8. Nas mulheres, de 1,7 para 4,6.
Os pesquisadores não conhecem a razão, mas acreditam que a tendência reflete questões comportamentais, como o aumento do uso de remédios contra a impotência e a conseqüente intensificação da vida sexual dos mais velhos. Aliado a isso, parece haver uma resistência maior ao uso de preservativos nessa faixa etária.
Um comentário:
Para muitas pessoas, por incrível que pareça, ainda falta informação acerca de como se proteger tanto da Aids como de outras DSTs, mas o triste é que muita gente acaba contaminada por puro preconceito contra o uso de preservativos. Beijinhos.
Postar um comentário